Conversas de faculdade.

Meses Atrás:

Eu: E aquela atriz, como é mesmo nome dela? Filha do Fábio Júnior e daquela outra lá...
Amigo: Não sei.
Eu: Cléo Pires!
Amigo: A Cléo Pires é filha do Fábio Júnior?
Eu: É.
Amigo: Eu achei que ela era filha da Glória Pires.
Eu: Hum... Ela é filha da Glória Pires com o Fábio Júnior. Ou você acha que a Glória se reproduz por brotamento?

Dias Atrás:

Eu: Pô, e tem a Cléo Pires nessa novela aí, né?
Amigo: Eita... Nem me fale.
Amiga: Tipo, eu acho que o charme dela vem todo do Fábio Júnior...

(Olhares incrédulos)

Eu: Ô... Eu adoro quando ela passa a mão no cabelo grisalho dela e grita "brigaduu!"
Amigo: Sim, e quando ela canta "Alma Gêmea"?

* * *

Abrindo um parêntese aqui. Obrigado pelos comentários afetuosos do post passado... Mas ao contrário do que alguns pensaram, eu não estava em crise pra fechar o blog. Quer dizer, não dessa vez. Mas tudo bem, acho que o texto deu a entender que era isso. Da próxima vez eu faço uns desenhos explicativos.

Eu já pensei várias vezes em fechar este blog. Quem está habituado a ler sabe disso. Por variados motivos... Alguns mais infantis, alguns mais impulsivos...
Mas sempre voltei atrás. Sempre tive a necessidade de ter um espaço pra transformar em piada aquele meu dia péssimo. Pra ridicularizar aquela pessoa que me incomoda. Pra me fazer crer que por pior que seja uma situação, a gente tira algo proveitoso dela... Nem que seja a capacidade de ironizar, de fazer pouco caso, de satirizar pra tornar a pancada mais leve.
Sei lá... Algumas pessoas se isolam, outras se tornam trágicas, outras desistem... E outras simplesmente festejam nos piores momentos, riem nas horas mais improváveis, e servem de exemplo pra todas aquelas outras que simplesmente não sabem o que fazer.

E que espaço melhor eu teria senão este, em que vocês opinam, criticam, discordam e elogiam?
O bom é que tudo isso vem de maneira sincera... A maioria de vocês não se importa em dizer "Krash, isso tá uma bosta" e eu não me incomodo em ouvir "cara, que texto escroto é aquele?"!
Em parte, pq quem escreve aqui é o personagem. Aquele que junta o máximo de informação possível pra converter em sarcasmo. E em parte pq com as críticas eu aprendo bastante... Vejo que as pessoas não são obrigadas a ouvir tudo caladas, e dizer sim pra qualquer idéia que é imposta. Quantas vezes você já não sentiu vontade de dizer "É o caralho, William Bonner!" ou "Cala essa boca, Galvão!"? Quantas vezes você duvidou daquela matéria de jornal, daquilo que a revista diz? Aqui você pode questionar tudo em tempo real, pra mais gente ler.

Muito óbvio, mas é esta a finalidade de um weblog. Eu digo qualquer coisa, vocês me dizem algo de volta. Não estou aqui pra sugar comentários elogiosos, pra ouvir como escrevo bem, como eu sou um gênio do humor... Estou aqui pq gosto de escrever sobre pequenas coisas, sejam pensamentos ou situações. Se eu faço de maneira quase sempre irônica, bom, paciência... Espero que eu não ofenda tanta gente assim. Só as pessoas certas.

Mas aí eu ouvi dia desses algo que me fez pensar um pouco sobre isso tudo.

- Você ainda vai lá?
- Onde?
- No C&L...
- Não. Não mais... Fiz questão de manter essa distância, sabe? Não preciso mais de nada virtual. Pra toda a informação que eu quiser de você, irei procurar pessoalmente... E quando você precisar de mim, sei que virá.

Quantas vezes por dia você escuta algo que balance um conceito seu? Não muitas, no meu caso. Mas desta vez eu pensei na necessidade da "máscara virtual". Do espaço usado nos desabafos diários, quando eu escrevo pra gente que não conheço. Da imagem de intocável, indiferente, distante, forte. Quando na verdade eu estou tão inseguro e confuso por dentro, como qualquer pessoa fica às vezes. Ajuda alguma coisa? Sei lá.
E vocês? Pq precisariam de mim pra formar alguma opinião? Pq não teriam a capacidade individual de se indignar com alguma coisa, e passar a mensagem à frente? De rir dos próprios problemas?

Não achei as respostas, claro. Também desisti de procurar... Talvez a gente não precise delas. As coisas fluem bem do jeito que estão. A pessoa que me disse essas palavras não vai ler este texto, mas eu gostaria de deixar registrado que eu levo em consideração tudo o que ela me diz, e que ela consegue abalar de vez em quando as convicções de um cara que se julga forte.

O C&L não vai acabar, ao menos não tão cedo. Eu convivo com esse blog - e o alter ego - na minha cabeça por quase três anos, e nada me fará desistir de continuar descarregando minhas opiniões e lendo as suas idéias. Mas de vez em quando é bom considerar a ordem das coisas... Questionar a necessidade que temos de algo, duvidar e pôr em cheque as nossas próprias capacidades, nosso bom senso e nossas idéias. Isso nos mostra o peso que damos a algumas coisas na vida... E nos permite mudar o que está errado.

Obrigado a todos que lêem, comentam, fazem propaganda e me cobram por atualizações. :)



Krash - pra quem não sabe - se chama Bruno, vai fazer 20 anos, acha que tem o direito de ser meio "emo" de vez em quando e gostaria de tomar um porre com cada um de vocês leitores.

Eu tenho uma professora estranha neste semestre. Ela ensina uma cadeira de programação visual e é... hum... estranha. Ela é daquelas meio "no stress", sabem? Meio hippie, tranquila, fala arrastada.
Gente boazinha, eu diria. O único problema é que é um tanto desligada... Começa a falar sobre uma coisa, que puxa outra, que puxa outra... Na última aula começou explicando sobre fontes gráficas e emendou dando uma opinião sobre os surfistas e sua visão do mundo. Aliás, acho que ela já foi surfista/hippie/alguma outra coisa assim. Ou ainda é, sei lá. Uma amiga minha disse que ela lembra ligeiramente o mestre dos magos por causa do jeito enigmático. Realmente era o que faltava naquela faculdade, um mestre dos magos surfista.

E tipo, o mais estranho é que nessa cadeira tem um pessoal da comunicação social... Então rola aquela ligeira rixa, já que estudante de arquitetura é gente arrogante, e estudante de comunicação é mais arrogante mas nem gente é. O clima ficou mais legal quando a professora disse que se fosse fazer vestibular hoje, escolheria comunicação... Já que na época ela escolheu arquitetura meio sem saber direito. De vez em quando sobra uma puxada de tapete pra gente (já disse até que todo arquiteto é um autista por natureza), o que nos faz pensar se ela vai durar inteira até o final do semestre.

Ah! Ela também passou um trabalho na aula passada, mas disse que nós não tivéssemos pressa em fazer. Então tá!

* * * * *

É incrível como tem coisas que a gente não esquece. Não, não me refiro àquela vez em que você viu a calcinha rosa daquela coleguinha de classe na quinta série. Me refiro ao velho ressentimento mesmo. Eu sou um cara meio rancoroso, confesso. Sei que isso me faz mal, que as pessoas boas devem perdoar seus inimigos, que a vingança nunca é plena - mata a alma e envenena -, mas que se foda.
Eu tava meio nostálgico, lembrando de uma pessoa que não está mais próxima de mim. Pensando em como as coisas eram boas no tempo em que nos falávamos, em como o sol cantava e os pássaros brilhavam... Mas é inevitável, eu comecei a pensar nas bombas que este ser humano cometeu e tive ânsias de vômito. Sério, foi só ler uma coisa que ele escreveu que tive vontade de mandar um e-mail desenterrando velhas brigas. Não fiz isso pq tive medo de sofrer um enfarte.

Acho que só vou viver até os 35 anos.

* * * * *

Me rogaram até praga por causa do post abaixo que menciona "dieta" e "ovo de páscoa".
Parece que as leitoras ligeiramente acima do peso ficaram meio complexadas... O que é uma grande bobagem. Vocês sabem que são fofas lindas mesmo assim, e que eu daria uma mordida naquela pelezinha que fica entre o braço e o seio de cada uma. Mulher tem que ter é carne mermo, deixem de ser frescas.

Aliás, foi aí que eu percebi que a maioria dos comentários vem de mulheres, e que na comunidade a maioria também é feminina. Que coisa, não?
Pra satisfazer vocês, amigas leitoras, a próxima edição virá com horóscopo, sinopse de novela e fofocas sobre artistas. Não per-cam!

A Renata sugeriu um post sobre dietas. Parece que ela quer eliminar uns centímetros do quadril pra segurar o namorado. Sinceramente não sei o que escrever sobre isso... Nunca fiz regime, e aliás estou comendo um ovo de páscoa alpino neste exato momento. Então talvez eu não seja a pessoa mais indicada pra falar sobre o assunto. Mas veremos o que pode ser feito.

Aquele texto sobre as bandinhas de rock que eu tive vai continuar... Não importa se você não gostou, tem gente enchendo o saco pela próxima parte.

Minhas aulas começaram, isso é ruim. O tempo de vagabundagem na frente do pc teve que diminuir drasticamente.
Mas ir pra faculdade tem vantagens, e eu não me refiro à possibilidade de me formar e arrumar um emprego. Mas isso é outra história.

Enquanto eu não posto nada que preste, fiquem com o gif do senhor Leprechaun.