Olá, caros amigos!
Não me xinguem. Sei que demorei pra aparecer aqui desde o último post, mas vocês têm que me perdoar. Eu jurei que iria me esforçar mais nesse semestre da faculdade, e eu bem que estou tentando. Tá certo que está difícil - não a faculdade, ir às aulas -, mas estou tentando.
E ainda tem o estágio, e blá blá blá. Essas coisas que não interessam a vocês mas que me dão uma desculpa fácil pra não escrever com freqüência. Como se eu precisasse.
Mas vou ser sincero. Eu nem ia postar nada ainda... Idéias eu até que tenho algumas, mas arrancá-las da minha cabeça sem a ajuda de um bisturi é bastante difícil.
Enfim... O que me tirou do meu estado de inércia e me colocou aqui neste editor de texto do blogger foi basicamente aquela que poderia ter sido uma das melhores notícias dos últimos tempos, se tivesse acontecido há uns dois ou três anos.
Se vocês tiverem a paciência de ler a notícia, vão ver que a dupla de pimpolhos mais amados do Brasil-sil vai se separar depois do próximo álbum. Pra variar, um acústico MTV. Hoje em dia todo mundo grava um acústico, nem que não tenha músicas o suficiente... Não faz mal, a produção preenche com covers.
Na verdade, não precisa ter sequer uma música própria. Vejam o exemplo da Cássia Eller, que Deus a tenha.
Mas é isso. Os filhos da dupla Chitãozinho & Xororó decidiram trilhar seus próprios caminhos depois de 17 anos de carreira. Nada de surpreendente até aí. Acho que só mesmo o pai esperava que eles continuassem juntos pelo resto da vida. E eles até que foram bem, é verdade. Sustentaram o sucesso desde os tempos de "Qui cocê foi fazê no mato, Maria Chiquinha".
Eu lembro que me botaram pra dublar essa música na festa junina da alfabetização, em 92. Lembro que interpretei magistralmente o papel de Júnior ao lado de minha paixão secreta, a Manoela, que era a menina mais bonita da sala e desbancou a Silvinha na disputa pelo papel. Também pudera, a Silvinha era uma gordinha desajeitada que batia em todo mundo. Não tinha como compreender a essência da Sandy.
A questão é que os dois queridinhos já renderam o que podiam. Sério. A geração que cresceu escutando Dig Dig Joy (?!), e muito me causa pesar admitir que foi a minha geração, atingiu a idade adulta. Não que isso queira dizer muita coisa, levando em consideração que não podemos subestimar o retardamento do brasileiro médio. Aquele cd especial dos cinqüenta anos da Xuxa, e essas festas debilóides estilo "20 e poucos anos" estão aí para provar. As pessoas não querem crescer. E como se isso não bastasse, elas querem trazer de volta à vida pessoas como Evandro Mesquita e a Blitz. Deprimente.
Voltando... O que eu constatei, é que Sandy & Júnior passaram de uma duplinha fofinha que cantava no Faustão, pra novo mega fenômeno internacional do pop melódico brasileiro que cantava no Faustão. Eu tinha conhecidas que dariam o bumbum na esquina pra poder juntar dinheiro e ir ao show, que diziam que tinha uma mega estrutura comparada à de grandes nomes da música internacional. Foi uma febre. Isso há uns 3 anos.
Sandy gravou música da Gal Costa, Júnior aprendeu a tocar diversos instrumentos e deixou aquela barbicha estranha, a dupla fez shows fora do país, recebeu elogios de todo mundo e vendeu trilhões de cds.
Só que as coisas, sei lá... Foram ficando muito iguais. A Sandy não poderia viver pra sempre na bolha de castidade e pureza, sendo elogiada como símbolo de talento e filha ideal para o Brasil. E o irmão dela, bem, uma hora ele teria que cansar de ser o coadjuvante, né não? Fala a verdade, o moleque não tem metade do carisma que a irmã tem, e tirando as fãs que não podiam aflorar sua sexualidade com a Sandy, acho que ninguém sentiria muita falta do rapaz se ele... Digamos... Fosse engolido pela terra.
Até mesmo a guria deve ter se enchido de ter sempre a imagem ligada ao irmão. Quer dizer, em termos. É sabido que a mocinha tem algum talento e que é ela a responsável por grande parte do sucesso.
Então, o que começou com aquela magia infantil, foi se perdendo no meio conturbado do mundo musical pós-adolescente. Sabem como é, não dá pra passar a carreira toda fazendo versões idiotas de músicas internacionais ou cantando sobre temas adolescentes. Cansa. O lance é fazer experiências. Sandy se apresentou solo, e Júnior foi ser baterista de uma banda obscura por aí. Ambos sempre desmentindo uma possível separação, pra evitar o choque coletivo. Era capaz do Brasil parar. Era capaz de decretarem luto oficial, ou sei lá... Criarem um feriado nacional. Era capaz até de chamarem o Pedro Bial pra tentar reconciliar a dupla. Imaginem ele fazendo um discurso daqueles de dia de paredão, exaltando as características positivas dos dois...
Enfim, eles esperaram o momento certo, como disse a Sandy na entrevista coletiva. O momento certo de se reciclar é justamente quando as pessoas não dão muito a mínima. Assim não precisa ter aquele medo de errar na nova fase.
Eu só fico preocupado, sinceramente, com Júnior.
É, rapaz... Agora vai ter que ralar pra conseguir um lugar ao sol, a moleza acabou. Quero ver neguinho tendo que trabalhar duro pra não cair da onda.
Se bem que como eu falei parágrafos acima, não podemos subestimar o retardamento das pessoas. Se o garoto estiver na rua da amargura, é só esperar pelo cd "MTV Ao Vivo Sandy & Júnior: Reencontro".