Eu fiquei perplexo, convenhamos. Uma celebridade do quilate de Kléber Bambam, ex-BBB, ex-Turma do Didi, cantor (ou ex, não sei) do aclamado grupo "Kléber Bambam e as Pedritas"! Meu Deus, como pode o mundo enlouquecer desse jeito?! A Britney Spears ficando careca e fazendo barraco tudo bem, aquela menina sempre foi problemática, mas Kléber Bambam?! Tenho certeza de que foi o sucesso, o sucesso que subiu à cabeça dele.

Não, sério. Me desiludi com o show business.

Desligando a ironia, agora. Eu imagino qual brincadeira o rapaz tenha feito. No mínimo ele tentou cantar algum funk (ele é funkeiro agora) de sua autoria para o público da boate.

E esse outro aí, hein?! "Participante da terceira versão do BBB", sei... Esse povo se multiplica de uma maneira estranha. Aposto que ninguém tem nem certeza se ele participou mesmo, qualquer um que se diz ex-BBB hoje merece desconfiança.

A cena é típica: uma criança de dois anos e meio, birrenta, enjoada e destruidora. O ambiente é a sala da casa da avó, com a Tv ligada num programa dominical. A atração é o grupo de pagode Raça Negra. Estranho, eu sei. Eles ainda estão vivos.

O moleque não pára um segundo, e a avó, hesitando entre dar umas palmadas no neto ou enlouquecer de vez, resolve apelar pro psicológico da criança e fazer um pouco de medo saudável. Aquilo que nossos pais sempre fizeram conosco.

Só que em vez de ameaçar chamar o Bicho-Papão, a Cuca, o Boi da Cara Preta ou o vocalista do Los Hermanos, ela apela pro nada ortodoxo:

- Olha que eu chamo o negão da Tv!

A criança olha meio confusa pro aparelho.

- Tá vendo aí? A mão do negão vai já puxar o teu pé!

O garoto se cala que é uma beleza.

Seria ligeiramente engraçado se não fosse ligeiramente trágico. A criança pode desenvolver uma noção amedrontadora da raça negra (a etnia, não o grupo). Ou pode ter crises de choro quando vir um cavaquinho e mesmo sofrer de uma visão meio deturpada do pagode.
Essa última, de fato, não seria assim algo tão ruim, convenhamos. Eu mesmo sinto um arrepio na espinha quando vejo uma propaganda do raça negra (o grupo, não a etnia), mas a gente tem que tomar cuidado com essas crianças. Já temos apresentadoras infantis loiras de olhos claros demais dizendo pra elas como só o que é natural é ser branco, bonitinho, morador do sudeste e filho de pais de classe média alta.

* * * * *

Não sei bem se este post tem alguma moral ou lição, mas o fato é que eu lembrei de um amigo que contou uma vez:

- E tava minha avó lá, assistindo a missa do galo. Ela é muito religiosa, sabe? Muito religiosa e muito racista. Então, numa hora lá da missa entraram duas crianças negras pelo corredor da igreja, e a câmera mostrou bem de perto. Vovó apenas interrompeu a oração e disse: "Olha aí, dois macaquinhos!"

Essa daí, a primeira coisa que vai ver quando fechar os olhos é Deus.

É difícil.

Pois bem, amados!

Desculpem o inconveniente da demora, sim? Eu mencionei a Cicarelli alguns posts abaixo e ela tentou deletar minha conta do blogspot. Aliás, ela foi na TV e disse que...



Sabe, Krash? Não fui eu... Foi meu namorado.

Mas apesar de tudo, eu ainda consegui 7 comentários com um mísero post sobre o grill da minha mãe. Meu Deus. Aí quando eu faço um post trabalhado como o do cachorrinho aí embaixo, ninguém lê.
Enfim, o que importa é que já vamos voltar com nossa programação quase normal para o ano de 2007.

Vida Real

- ...E na sexta série, um colega nosso morreu.
- Sério?
- Sério. Ficou todo mundo triste e tal.
- Mas morreu de quê? Doença ou acidente..?
- Acidente.
- Ah tá. Mas como...
- De carro. Ele tava dirigindo bêbado.
- ...
- Que foi?
- Como assim..? Dirigindo bêbado? Na sexta série?
- É. Ele era um pouco mais velho que a gente.