Cara! Tem... Sei lá... Uns quatro meses que eu não escrevo aqui?! Vou começar este post pedindo desculpa pra vocês.

Ok, eu havia falado que nós voltaríamos com o C&L.
Contudo, por alguns motivos pessoais, psicológicos, sentimentais e viadinhos, decidi que o Cobras não continua.
Não faça essa cara, é a vida. Há muito que o blog meio que se descaracterizou. Acredito que isso foi em parte por conta de um motivo simples: nós crescemos, nos ocupamos, mudamos um pouco nossa cabeça, e claro, ficamos mais preguiçosos. Pô, eu comecei o Cobras com 17 anos, e hoje já sou um velho de quase 22. Cof cof!

- Querida, cadê meu remédio do colesterol?!

Cara... E você tinha o quê, Lean, uns 15? Putz, faz tempo.

Foi legalzinho enquanto durou. Tivemos posts irônicos, falamos besteira à vontade, fomos elogiados e - mais ainda - fomos xingados...

Aliás esse é um ponto engraçado. Em alguns momentos o blog alcançou pessoas que eu nem imaginava. Eu sempre repeti exaustivamente que o Cobras & Lagartos era um negócio feito entre dois amigos, e igualmente para os nossos amigos. Acabou que apareceu gente de diversas partes do Brasil - vejam só - que comentava e criticava nossos posts. Óbvio que isso foi há um certo tempo, nos últimos meses de blog acho que só a minha mãe entrava aqui ainda.

Enfim, nós fomos xingados por emos, amaldiçoados por fãs de evanescence, ameaçados por grunges e fãs de rebelde, e principalmente, fomos odiados pelos adoradores de Los Hermanos, Chico Buarque e Fanta maçã. Genial. Eu nunca imaginei ser esculhambado por tanta gente semi-analfabeta e extremista, o que é o máximo, já que indica que o objetivo do blog foi atingido.

Mas ao mesmo tempo, nós nos aproximamos de algumas pessoas também. Tivemos contato com vários blogueiros legais e até conhecemos gente aqui de fortaleza que lia e comentava no C&L.
A todas essas pessoas, o meu muito obrigado. A todo mundo que comentou, linkou, recomendou, deu sugestões e nos apoiou, eu só posso dizer: Vocês são foda, obrigado mesmo.
E à Lean, minha companheira de blog que não escrevia quase nunca, e inclusive me bloqueava no MSN pra evitar cobranças, o meu mais sincero agradecimento por ter aceitado o convite de escrever aqui. Tá certo, eu cumpri minha promessa de expulsar você do blog, mas você continua sendo uma das pessoas mais parecidas comigo na ironia e no jeito de ver as coisas. E acredite, eu não acho que isso seja um elogio.

Ha! Agradeço ao Pedro pelo layout (nem sei se ele ainda vive). Ele deu uma força grande quando a gente tava dando uma repaginada no C&L.
Agradeço a algumas pessoas que deram força desde o começo. Eu sei e lembro muito bem quem são, e acho que não preciso citar nomes. A lista é grande e todas elas sabem quem são.

Basicamente é isso. Obrigado a você que está lendo isto agora, é sinal de que quis saber notícias do Cobras mais uma vez. Espero que não se decepcione tanto com o que encontrou. E se alguma vez, por qualquer motivo, você se sentiu ofendido por nós, não seja mulherzinha. Internet é assim mesmo, não foi feita para as pessoas choramingarem. =)
Acho que esse era o lema do C&L.

E agora, claro, o mais importante fica pro final. Isto não é uma despedida de fato. Pelo menos não de mim. Eu vou continuar aqui na internet com esse negócio de blog, é só uma questão de tempo. Mais notícias daqui a pouco.

Os arquivos do blog vão ficar disponíveis até o Blogger cismar e tacar fogo em tudo. Leiam se quiserem, e podem até copiar, mas dêem os créditos, modafuckers!

Este foi o último post do Krash no Cobras & Lagartos, mas a gente se vê na Cena do crime!



- Nave Xuxa se despedindo da Terra. Pã pã! Pã pã pã pããã..!

Eu havia feito uma promessa de que só voltaria a escrever aqui quando o baixinho mais endeusado pela Globo, Romário, fizesse sei milésimo gol. E já que saiu, aqui estamos. Aliás, que coisa idiota, viu?

Depois de todos esses (muitos) anos de carreira, o Romário atingiu um grau de arrogância e empáfia que torna impossível pra mim qualquer simpatia por ele. E olha que eu assisti a copa de 94 quando era moleque e me deslumbrei com aquela seleção. E olha que eu sou flamenguista e vi o cara salvar a pátria muitas vezes. Mas porra, Romário! Fica choramingando e forçando uma campanha patética já é demais! Sem falar nas inúmeras dúvidas acerca dessa contagem de gols aí. Se fode, pô.

Mas ok, voltando aqui...
É foda, eu sempre chego atrasado pra comentar as coisas... Mas é atrasado mesmo, vocês sabem. Em parte porque eu sempre já fico sabendo atrasado, e em parte pela preguiça/falta de tempo. Mas aqui estou, pronto pra abordar assuntos desatualizados que todo mundo já comentou.

A Lean, co-fundadora deste blog que virou hippie e hoje em dia vende bijouterias na praia, perguntou se eu não iria comentar nada a respeito da morte do Enéas.
Sim, vocês sabem, Enéas morreu. E esse lembrete da Lean foi basicamente pelo fato do Enéas ser uma influência para o C&L, juntamente com vários ícones da cultura pop. Sim, Enéas fazia parte da cultura pop. Ou você se lembra dele por alguma realização política, algum ponto de vista ideológico ou algo além do bordão imortalizado em dezenas de horas de propaganda eleitoral gratuita? Ou melhor, dezenas de horas não. Com o tempo que ele tinha para falar, acho que se juntassem todos os anos em que ele concorreu a alguma coisa teríamos uns 27 minutos de influência em nossas vidas.
Enfim, a gente só lembra dele pelo bordão, pela agressividade e por aquela idéia maluca de promover a construção pacífica da bomba atômica brasileira. A gente adora essas bizarrices e é por isso que considerávamos o homem uma influência para este blog. De certa maneira, ficamos - Lean e eu - um pouco órfãos.

Mas o cara era um exemplo... Não sei bem ao certo de quê, mas era. Pra efeito de curiosidade: ele inicou a carreira política em 1989, por incentivo da mulher dele. Ela não aguentava mais ouvir o cara reclamar dos políticos e da situação do país. Quer atitude mais true do que essa? Tipo, "Vou mostrar pra esses fdp como se conserta um país! Meu nome é Enéas!"
Pena que ele não teve muitas oportunidades pra isso. Ou melhor, até teve. Ele foi o deputado federal mais votado da história, em 2002. Mas sei lá, essas coisas são meio complexas. O Clodovil também teve uma porrada de votos, então isso não funciona bem como um parâmetro.

Eu só fico meio triste porque soube que pouca gente foi no velório dele. Deu na globo.com que só compareceram umas 30 pessoas, e poucos era políticos. Foda. Se fosse o Clodovil, ia faltar espaço pra tanta gente... Se bem que muitas pessoas iam só pra sacanear e tirar onda com ele, então isso também não funciona como um parâmetro. Essas coisas são meio complexas.

Algumas pessoas manifestaram uma certa inquietação com a notícia da separação da dupla Sandy e Júnior. Esse é um assunto bunda, eu sei, mas estou retornando apenas para os comentários finais.

Olá, caros amigos!

Não me xinguem. Sei que demorei pra aparecer aqui desde o último post, mas vocês têm que me perdoar. Eu jurei que iria me esforçar mais nesse semestre da faculdade, e eu bem que estou tentando. Tá certo que está difícil - não a faculdade, ir às aulas -, mas estou tentando.
E ainda tem o estágio, e blá blá blá. Essas coisas que não interessam a vocês mas que me dão uma desculpa fácil pra não escrever com freqüência. Como se eu precisasse.

Mas vou ser sincero. Eu nem ia postar nada ainda... Idéias eu até que tenho algumas, mas arrancá-las da minha cabeça sem a ajuda de um bisturi é bastante difícil.
Enfim... O que me tirou do meu estado de inércia e me colocou aqui neste editor de texto do blogger foi basicamente aquela que poderia ter sido uma das melhores notícias dos últimos tempos, se tivesse acontecido há uns dois ou três anos.

Se vocês tiverem a paciência de ler a notícia, vão ver que a dupla de pimpolhos mais amados do Brasil-sil vai se separar depois do próximo álbum. Pra variar, um acústico MTV. Hoje em dia todo mundo grava um acústico, nem que não tenha músicas o suficiente... Não faz mal, a produção preenche com covers.
Na verdade, não precisa ter sequer uma música própria. Vejam o exemplo da Cássia Eller, que Deus a tenha.

Mas é isso. Os filhos da dupla Chitãozinho & Xororó decidiram trilhar seus próprios caminhos depois de 17 anos de carreira. Nada de surpreendente até aí. Acho que só mesmo o pai esperava que eles continuassem juntos pelo resto da vida. E eles até que foram bem, é verdade. Sustentaram o sucesso desde os tempos de "Qui cocê foi fazê no mato, Maria Chiquinha".
Eu lembro que me botaram pra dublar essa música na festa junina da alfabetização, em 92. Lembro que interpretei magistralmente o papel de Júnior ao lado de minha paixão secreta, a Manoela, que era a menina mais bonita da sala e desbancou a Silvinha na disputa pelo papel. Também pudera, a Silvinha era uma gordinha desajeitada que batia em todo mundo. Não tinha como compreender a essência da Sandy.

A questão é que os dois queridinhos já renderam o que podiam. Sério. A geração que cresceu escutando Dig Dig Joy (?!), e muito me causa pesar admitir que foi a minha geração, atingiu a idade adulta. Não que isso queira dizer muita coisa, levando em consideração que não podemos subestimar o retardamento do brasileiro médio. Aquele cd especial dos cinqüenta anos da Xuxa, e essas festas debilóides estilo "20 e poucos anos" estão aí para provar. As pessoas não querem crescer. E como se isso não bastasse, elas querem trazer de volta à vida pessoas como Evandro Mesquita e a Blitz. Deprimente.
Voltando... O que eu constatei, é que Sandy & Júnior passaram de uma duplinha fofinha que cantava no Faustão, pra novo mega fenômeno internacional do pop melódico brasileiro que cantava no Faustão. Eu tinha conhecidas que dariam o bumbum na esquina pra poder juntar dinheiro e ir ao show, que diziam que tinha uma mega estrutura comparada à de grandes nomes da música internacional. Foi uma febre. Isso há uns 3 anos.
Sandy gravou música da Gal Costa, Júnior aprendeu a tocar diversos instrumentos e deixou aquela barbicha estranha, a dupla fez shows fora do país, recebeu elogios de todo mundo e vendeu trilhões de cds.

Só que as coisas, sei lá... Foram ficando muito iguais. A Sandy não poderia viver pra sempre na bolha de castidade e pureza, sendo elogiada como símbolo de talento e filha ideal para o Brasil. E o irmão dela, bem, uma hora ele teria que cansar de ser o coadjuvante, né não? Fala a verdade, o moleque não tem metade do carisma que a irmã tem, e tirando as fãs que não podiam aflorar sua sexualidade com a Sandy, acho que ninguém sentiria muita falta do rapaz se ele... Digamos... Fosse engolido pela terra.
Até mesmo a guria deve ter se enchido de ter sempre a imagem ligada ao irmão. Quer dizer, em termos. É sabido que a mocinha tem algum talento e que é ela a responsável por grande parte do sucesso.

Então, o que começou com aquela magia infantil, foi se perdendo no meio conturbado do mundo musical pós-adolescente. Sabem como é, não dá pra passar a carreira toda fazendo versões idiotas de músicas internacionais ou cantando sobre temas adolescentes. Cansa. O lance é fazer experiências. Sandy se apresentou solo, e Júnior foi ser baterista de uma banda obscura por aí. Ambos sempre desmentindo uma possível separação, pra evitar o choque coletivo. Era capaz do Brasil parar. Era capaz de decretarem luto oficial, ou sei lá... Criarem um feriado nacional. Era capaz até de chamarem o Pedro Bial pra tentar reconciliar a dupla. Imaginem ele fazendo um discurso daqueles de dia de paredão, exaltando as características positivas dos dois...

Enfim, eles esperaram o momento certo, como disse a Sandy na entrevista coletiva. O momento certo de se reciclar é justamente quando as pessoas não dão muito a mínima. Assim não precisa ter aquele medo de errar na nova fase.

Eu só fico preocupado, sinceramente, com Júnior.
É, rapaz... Agora vai ter que ralar pra conseguir um lugar ao sol, a moleza acabou. Quero ver neguinho tendo que trabalhar duro pra não cair da onda.

Se bem que como eu falei parágrafos acima, não podemos subestimar o retardamento das pessoas. Se o garoto estiver na rua da amargura, é só esperar pelo cd "MTV Ao Vivo Sandy & Júnior: Reencontro".

Todo mundo amadurece. Chega aquela época que a gente começa a se preocupar com coisas menos superficiais. Pensamos no tempo que passou, nos amigos que se foram, e em como estamos exercendo nosso papel no mundo. É natural... Aconteceu com nossos pais, acontece conosco, acontecerá com todos. Menos com aquele seu primo de 17 anos que só anda com os amigos nerds dele, vive jogando aquele maldito RPG de cartas e se acha um elfo. Ele vai ficar assim pra sempre.

Mas com todas as outras pessoas normais, a maturidade chega um dia. Você lê que a fulaninha ex-BBB mal saiu do programa e já tá exibindo closes ginecológicos na revista, e ao invés de pensar "Caralho, Vou comprar!", você pensa: "A que ponto chegamos, Senhor? Onde estão os pais dessa ovelha desgarrada?"

Enquanto essa fase da vida não vem, a gente vai se ocupando de coisas menores, como ficar sentado no banco do condomínio com os amigos, discutindo quais celebridades a gente pegaria ou não. Um exercício mental deveras construtivo e que estimula a socialização e a oratória, já que você às vezes precisa convencer os outros dos seus motivos.
Pra não ficar óbvio e sem graça, estávamos mencionando apenas as que já tinham sido tocadas pela maturidade. Não essa maturidade que eu me referi no começo do post, mas a maturidade física mesmo... Aquela implacável.

- Sônia Braga?
- Pegava. Ana Maria Braga?
- Hummm... Pegava. Monique Evans?
- Na hora. Glória Pires?
- Acho que sim. Regina Casé?
- Hein?!
- Regina Casé, pô.
- Que tem ela?
- Pegava ou não pegava?
- Não, claro que não!
- Por que, cara?
- Tu Pegava?
- Pegava, ué.
- ...
- Que foi?
- Tá de sacanagem, né?
- Não, sério! Pegava mermo!
- Tu já deu uma olhada nessa mulé nos últimos... Sei lá, quinze anos?
- Cara qual o problema?

- Então, eu acho ela sabe assim...
- Hum..?
- "Saborosamente Inteligente"!
- Caramba, agora pegou pesado.
- É sim.

Eu ainda pensei que ele tivesse brincando, mas não. O negócio era sério mesmo.

- Cara, olha... Vamos ponderar. Talvez, eu disse talvez, há algum anos ela tenha sido menos... Hum... menos assim.
- ...
- Naquela época em que as atrizes da globo faziam filmes de conteúdo meio adulto e talz... Mas hoje?
- Hoje sim.
- Caramba... Saborosamente o quê?
- Inteligente.

E é assim que a gente descobre como são os amigos. Aconselho vocês a testarem os seus. Isso também vale pras leitoras. Testem suas amigas. Na mesma noite ainda ouvi duas gurias:

- Otávio Mesquita?
- Pegava.

Aí eu comecei realmente a achar que estava num universo paralelo ou algo assim. O cara da Regina ainda disse que pegava a Alcione. Mas aí eu vi que ele tava começando a curtir com a nossa cara e relaxei mais.

Absurdo, isso.